Gonçalves Dias
Gonçalves Dias (1823-1864) foi um poeta, dramaturgo e etnógrafo brasileiro, amplamente reconhecido como um dos maiores expoentes do romantismo no Brasil. Nascido em Caxias, no Maranhão, de origem mestiça, Gonçalves Dias destacou-se por sua poesia lírica, nacionalista e indianista. Sua obra mais famosa, "Canção do Exílio", tornou-se um símbolo do sentimento patriótico brasileiro. Além de sua produção poética, ele também foi um importante estudioso da cultura indígena brasileira e contribuiu para a formação da identidade nacional. Sua vida foi marcada por dificuldades de saúde e ele faleceu tragicamente em um naufrágio na costa do Maranhão.
José de Alencar
José de Alencar (1829-1877) foi um influente romancista, dramaturgo e político brasileiro, considerado um dos maiores escritores da literatura nacional. Nascido em Mecejana, Ceará, Alencar é famoso por suas obras que exploram a formação da identidade brasileira e os valores culturais do país. Entre seus romances mais conhecidos estão "O Guarani", "Iracema" e "Senhora" que abordam temas indianistas, urbanos e históricos. Como advogado e político, Alencar também teve uma carreira destacada, ocupando cargos importantes como o de Ministro da Justiça. Sua obra literária e seu envolvimento na política contribuíram significativamente para a consolidação do romantismo e do nacionalismo no Brasil.
Joaquim Manuel de Macedo
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) foi um romancista, médico e professor brasileiro, conhecido por ser um dos pioneiros do romance no Brasil. Nascido em Itaboraí, Rio de Janeiro, destacou-se na literatura com seu romance "A Moreninha" (1844), considerado a primeira obra do romantismo brasileiro que alcançou grande sucesso popular. Além de "A Moreninha" escreveu outros romances, peças teatrais e poesias, contribuindo significativamente para a consolidação da literatura nacional. Macedo também teve uma carreira acadêmica e política notável, sendo professor de História e Corografia do Brasil e deputado provincial. Sua obra é marcada pelo retrato da vida social e dos costumes da época, refletindo a sociedade brasileira do século XIX.
Álvares de Azevedo
Álvares de Azevedo (1831-1852) foi um poeta, contista, dramaturgo e ensaísta brasileiro, um dos principais representantes da segunda geração romântica no Brasil, também conhecida como ultrarromântica ou byroniana. Nascido em São Paulo, Azevedo é famoso por sua obra "Lira dos Vinte Anos" que expressa um lirismo melancólico e introspectivo, característico de sua breve vida marcada pela morbidez e pelo pessimismo. Estudante de Direito em São Paulo, ele se destacou pela sua produção literária precoce, que inclui também contos, como "Noite na Taverna" e a peça inacabada "Macário". Sua morte prematura, aos 20 anos, interrompeu uma carreira promissora, mas seu legado
influenciou profundamente a literatura brasileira, tornando-se um símbolo do romantismo nacional.
Casimiro de Abreu
Casimiro de Abreu (1839-1860) foi um poeta brasileiro, um dos mais importantes representantes do romantismo no Brasil. Nascido em Barra de São João, Rio de Janeiro, destacou-se pela simplicidade e pela expressividade de seus versos, que frequentemente abordavam temas como a saudade, o amor e a natureza. Sua obra mais famosa, "Meus Oito Anos" é um exemplo do lirismo nostálgico que permeia sua poesia. Publicou seu único livro, "Primaveras" em 1859, pouco antes de falecer de tuberculose, aos 21 anos. Apesar de sua curta vida, Casimiro de Abreu deixou um legado duradouro na literatura brasileira, sendo lembrado por sua sensibilidade e pela musicalidade de seus poemas.
Castro Alves
Castro Alves (1847-1871) foi um poeta brasileiro, conhecido como o "Poeta dos Escravos" por sua fervorosa defesa da abolição da escravatura no Brasil. Nascido em Curralinho, Bahia, destacou-se pela sua poesia social e humanitária, com obras que denunciavam as injustiças e crueldades da escravidão. Seus poemas mais famosos, como "O Navio Negreiro" e "Vozes d'África" são considerados marcos da literatura abolicionista. Além de sua poesia social, também escreveu versos líricos e amorosos, mostrando versatilidade temática. Mesmo com uma vida curta, falecendo aos 24 anos de tuberculose, Castro Alves deixou uma marca indelével na literatura brasileira, sendo lembrado como um dos maiores poetas do romantismo e um ardente defensor dos direitos humanos.